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  • Kia cerato: 5 Pontos negativos para você avaliar antes de comprar!

    Kia cerato: 5 Pontos negativos para você avaliar antes de comprar!

    5 Pontos Negativos do Kia Cerato: Minha Opinião Sincera como Dono
    5 Pontos Negativos do Kia Cerato: Minha Opinião Sincera como Dono

    Eu me lembro bem do momento em que decidi adquirir o meu Kia Cerato. O design, o conjunto mecânico e o fato de ser um carro um pouco diferente do que a gente vê tanto nas ruas me convenceram de que seria uma boa escolha. Sou daquele tipo de pessoa que gosta de estudar bastante antes de comprar um veículo: faço comparações, converso com donos e assisto a todos os vídeos e reviews possíveis. Ainda assim, depois de um tempo de uso, a experiência real do dia a dia revela alguns aspectos que talvez não fossem tão claros antes.

    Hoje quero compartilhar com você cinco pontos negativos que percebi no Kia Cerato, seja na versão Ex, Sx3 ou mesmo na Koup, que é a variante cupê do modelo. É importante ressaltar que o Cerato tem muitas qualidades, mas acho fundamental trazer uma visão equilibrada, especialmente se você estiver pensando em comprar um. Minha intenção aqui é apresentar uma opinião sincera de dono, dando um panorama sobre os principais problemas que encontrei ao longo do uso e como contornei (ou, pelo menos, amenizei) cada um deles.


    1. Desvalorização no mercado

    Quando decidi comprar o Cerato, eu estava focado nas qualidades que o carro oferecia: design moderno, bom custo-benefício em comparação aos sedãs médios mais conhecidos, além de um motor que me atendia bem. Porém, algo que eu não calculei tão a fundo foi a desvalorização que esse modelo sofre no mercado de usados.

    • Por que acontece?
      As marcas coreanas, de modo geral, ainda não têm o mesmo peso que algumas montadoras japonesas ou europeias têm no Brasil. Isso acaba fazendo com que o Kia Cerato, apesar de ser um bom carro, tenha uma aceitação menor nas revendas e nas negociações de usados. Em outras palavras, se eu quisesse vendê-lo rapidamente, provavelmente teria que baixar o preço mais do que gostaria.
    • Como contornar?
      A principal dica é: se você pretende comprar um Kia Cerato, planeje mantê-lo por um período maior. Ou seja, se você é daqueles que trocam de carro todo ano ou a cada dois anos, talvez seja melhor repensar. Se for um carro para ficar na família por bastante tempo, a desvalorização acaba sendo menos impactante. Outro caminho é cuidar muito bem do veículo, fazendo as manutenções em dia e guardando todos os comprovantes de revisão. Isso ajuda a valorizar o carro na hora da venda, pois dá mais segurança ao comprador de que tudo está em ordem.
    • Por que ainda vale a pena?
      No meu caso, decidi que o Cerato seria um carro de uso prolongado. Gosto dele, atendeu às minhas necessidades e não tenho pressa de trocar. O valor de revenda não afeta meu uso diário nem o prazer que tenho ao dirigir. Mas, para quem se preocupa mais com o bolso, é um ponto negativo que deve ser levado em consideração.

    2. Rede de concessionárias e assistência limitada

    Outro ponto que me surpreendeu foi a cobertura menor de concessionárias Kia. Dependendo de onde você mora, é bem provável que precise se deslocar vários quilômetros até encontrar uma assistência oficial. Em cidades menores, a situação pode ficar ainda mais complicada.

    • Por que isso é um problema?
      Ter menos concessionárias à disposição significa que as revisões oficiais podem se tornar mais difíceis de agendar, principalmente se você gosta de fazer tudo dentro da rede autorizada para preservar a garantia ou ter certeza de que as peças são originais. Além disso, se surgir uma emergência ou algum problema mais sério, é bem possível que você precise viajar até outra cidade para ser atendido, o que não é nada prático.
    • Possíveis soluções
      Se você não encontrar uma concessionária por perto, a alternativa é buscar uma oficina especializada em carros importados ou multimarcas de boa reputação na sua região. Às vezes, é até mais barato do que a concessionária, desde que você confie na procedência das peças e na mão de obra do mecânico. No meu caso, encontrei uma oficina de confiança que já mexia com outras marcas coreanas e resolvi boa parte dos meus problemas lá mesmo.
    • Dicas de manutenção
      • Verifique se a oficina está acostumada a trabalhar com Kia ou Hyundai (as marcas têm semelhanças mecânicas em alguns modelos).
      • Guarde todos os comprovantes e notas fiscais de peças originais. Isso mantém o histórico do carro e colabora para evitar discussões sobre procedência de peças quando precisar vender.

    3. Custo de peças e manutenção

    Ainda relacionado ao tópico anterior, o custo das peças do Kia Cerato pode assustar, especialmente quando comparado com modelos de marcas mais populares no Brasil, como Volkswagen, Chevrolet ou Fiat. Isso acontece por alguns motivos:

    • Importação de componentes: Muitos itens precisam ser importados, o que envolve pagamento de impostos, fretes internacionais e prazos de entrega mais longos.
    • Menor demanda: Como o Kia Cerato não é tão comum, não há tanto estoque de peças. Isso faz com que os preços acabem sendo maiores e a oferta menor.

    Quando precisei trocar algumas peças específicas (por exemplo, componentes de suspensão ou peças do sistema de ignição), percebi que os valores eram, em média, mais altos do que eu pagaria em um carro nacional ou de marcas com maior penetração no mercado. Em certos casos, tive que esperar semanas até a peça chegar.

    • Como amenizar esse problema?
      1. Manutenção preventiva: Cuide bem do carro, trocando óleo, filtros e realizando revisões periódicas com atenção. Isso diminui a chance de problemas mais graves.
      2. Peças paralelas de qualidade: Alguns donos preferem peças originais sempre, mas existem alternativas de marcas conhecidas que fabricam itens compatíveis. É uma forma de economizar.
      3. Compra online: Muitas vezes, encontrei peças a preços melhores em lojas virtuais especializadas ou mesmo em marketplaces. Só é preciso confirmar se o item é realmente compatível com o seu modelo e ano.
    • Vale a pena pagar mais caro?
      Na minha experiência, se você fizer as revisões no prazo e cuidar do carro, não vai ter que se deparar com trocas de peças caras com tanta frequência. O Cerato, via de regra, é um carro confiável, então as visitas ao mecânico tendem a ser por manutenção preventiva. Mas tenha em mente que, caso haja um problema inesperado, o custo pode ser um susto.

    4. Suspensão mais dura

    Falando agora da parte dinâmica, algo que notei desde o início foi a suspensão mais firme do Kia Cerato. A princípio, ela é ótima em estradas bem pavimentadas, pois dá mais estabilidade e segurança nas curvas. Porém, ao rodar em cidades brasileiras, famosas pelos buracos e lombadas mal sinalizadas, essa firmeza se traduz em certo desconforto.

    • Pontos de incômodo
      • Em ruas esburacadas, você sente cada irregularidade, e isso pode ser cansativo em trajetos longos.
      • O carro tende a passar mais vibração para a cabine, podendo gerar ruídos internos ou sensação de trepidação constante.
    • Por que a suspensão é assim?
      A Kia parece ter priorizado uma pegada mais esportiva ou, no mínimo, mais firme, para favorecer a dirigibilidade. Em alguns mercados internacionais, onde as vias são melhor conservadas, esse acerto cai muito bem. O problema é que a realidade brasileira de pavimentação deixa a desejar na maior parte das cidades.
    • Como lidar com isso?
      1. Cuide dos pneus: Manter a calibragem correta e usar pneus de boa qualidade (eventualmente com perfil um pouco mais alto) pode amenizar o efeito.
      2. Dirigir com atenção: Evitar buracos, lombadas e valetas é uma prática que todo mundo deveria adotar, mas no Cerato é ainda mais importante para preservar o conforto e a suspensão.
      3. Amortecedores de alta performance: Alguns proprietários optam por amortecedores que oferecem um compromisso melhor entre conforto e estabilidade. É uma modificação que, porém, exige pesquisas e teste com profissionais especializados.

    5. Acabamento interno em alguns detalhes

    Quando comprei o Cerato, achei o interior bem interessante, especialmente pela disposição do painel e pelos itens de série que a Kia costumava incluir. Entretanto, com o passar do tempo, fui notando alguns detalhes de acabamento que poderiam ser melhores:

    • Uso excessivo de plásticos rígidos: Em áreas de maior contato, seria mais agradável ter plásticos emborrachados ou materiais macios.
    • Pequenos ruídos: Com o passar dos anos, certas partes do painel ou das portas podem desenvolver barulhos, principalmente se você roda muito em vias irregulares.
    • Expectativa x Realidade
      Como o Cerato costumava concorrer com sedãs médios mais reconhecidos, a gente acaba esperando um nível de refinamento interno semelhante ao Corolla ou ao Civic, por exemplo. Mas existem pontos em que o Kia deixa um pouco a desejar nesse quesito.
    • Dicas para minimizar
      1. Aperto periódico: Em revisões ou visitas à oficina, peça para que verifiquem e apertem parafusos do painel e portas. Isso reduz a probabilidade de barulhos.
      2. Espumas anti-ruído: É comum aplicar espumas ou feltros em locais estratégicos do painel. Esse método é bem conhecido em oficinas de som automotivo.
      3. Manutenção de vedações: As borrachas das portas e do porta-malas também influenciam no nível de ruído interno. Manter essas peças em bom estado ajuda a isolar sons externos e vibrações.

    Reflexões finais: Ainda vale a pena ter um Kia Cerato?

    Depois de destacar esses cinco pontos negativos — desvalorização, rede de concessionárias limitada, custo de peças mais elevado, suspensão firme e acabamento interno com alguns deslizes — você pode estar se perguntando: “Afinal, o Kia Cerato compensa?” Na minha visão, a resposta depende muito do que você valoriza em um carro.

    • Pontos positivos que me agradam
      • O visual do Cerato me agrada bastante, e, mesmo com o passar do tempo, acho que o design se mantém atual.
      • O custo-benefício em termos de itens de série pode ser interessante, pois, em muitas versões, ele traz recursos que só aparecem como opcionais em concorrentes.
      • Desempenho e confiabilidade: No dia a dia, não tenho do que reclamar. A manutenção preventiva mantém tudo em ordem. O motor, em geral, responde bem e não dá sustos.
      • Espaço interno: Para quem viaja com família ou amigos, o espaço interno e do porta-malas é suficiente na maioria das situações.
    • Vale a pena se…
      • Você planeja ficar com o carro por vários anos, sem se preocupar com a revenda imediata.
      • Você tem acesso a uma boa oficina ou a uma concessionária Kia que não fique tão longe.
      • Está disposto a investir um pouco mais em manutenção e, ao mesmo tempo, não precisa trocar peças constantemente (graças ao cuidado na condução).
      • Não se importa muito com eventuais barulhos internos ou está disposto a fazer pequenos ajustes no acabamento.
    • Talvez não seja a melhor escolha se…
      • Você troca de carro com frequência e quer sempre conseguir um bom valor de revenda.
      • Mora em uma região distante de qualquer rede de assistência Kia e não tem oficinas confiáveis que trabalhem com carros importados.
      • É muito exigente com conforto de rodagem em vias irregulares, pois a suspensão firme pode incomodar.
      • Espera um interior “premium” comparável a marcas de luxo ou sedãs médios de categorias superiores.

    Veja também o vídeo onde explico mais sobre os 5 Pontos Negativos do Kia Cerato: Minha Opinião Sincera como Dono

    Conclusão

    Espero que essa visão geral dos cinco pontos negativos do Kia Cerato ajude você a tomar uma decisão mais consciente, caso esteja de olho no modelo. Mesmo sendo um grande admirador do carro, percebi que é importante falar abertamente sobre as desvantagens que encontrei no uso cotidiano. Afinal, nem tudo são flores: cada modelo tem seus altos e baixos, e conhecer essas características ajuda a evitar surpresas e frustrações.

    No meu caso, estou satisfeito com o Cerato, pois ele atende as minhas necessidades e ainda me agrada muito no quesito estética e recursos. Entretanto, entendo que cada pessoa tem prioridades diferentes: algumas valorizam mais a facilidade de revenda, outras priorizam conforto em estradas ruins, outras querem sempre a concessionária a poucos quilômetros de casa. São todos fatores que devem ser pesados na balança antes de fechar negócio.

    Lembre-se de que a melhor maneira de avaliar se o Kia Cerato é ideal para você é fazer um test-drive e, se possível, conversar com outros donos. Tire suas dúvidas sobre onde eles costumam fazer manutenção, quanto pagaram em peças e qual tem sido a experiência geral. Assim, você terá uma visão ainda mais completa e poderá partir para uma compra mais segura e tranquila.

    Se você já é dono de um Kia Cerato, conte nos comentários o que acha do carro, quais foram seus desafios e como você resolveu cada um deles. É sempre bom trocar experiências e ajudar outros apaixonados por carros a fazerem escolhas mais assertivas. Boas voltas com seu Cerato — ou, se decidir por outro modelo, boa sorte na busca pelo carro que melhor te atende!

    Veja também: Kia Cerato: 7 Motivos que me Fizeram Apostar no Modelo – Vale a Pena Comprar?

  • Cabos MELPIS e Velas de Irídium no Chevrolet: Vale a Pena pelo Desempenho e Economia?

    Cabos MELPIS e Velas de Irídium no Chevrolet: Vale a Pena pelo Desempenho e Economia?

    Eu me lembro muito bem de quando comecei a notar que meu carro, apesar de estar em boas condições gerais, não entregava o desempenho que eu esperava. Não era nada drástico, mas aquela sensação de que faltava algo na hora de acelerar ou mesmo a dúvida se eu estava gastando mais combustível do que deveria me incomodavam. Foi então que comecei a pesquisar melhorias acessíveis e que não demandassem grandes modificações no motor. Acabei descobrindo que a troca de cabos de vela e o uso de velas de irídio poderiam trazer benefícios interessantes — tanto em termos de desempenho quanto de economia de combustível.

    Neste artigo, vou contar um pouco da minha experiência e refletir sobre as vantagens que obtive ao instalar cabos MELPIS e velas de irídio no meu carro. Minha ideia aqui é compartilhar de forma simples e amigável tudo aquilo que eu aprendi, para que você também possa avaliar se esse tipo de upgrade faz sentido para o seu veículo.


    Por que trocar cabos e velas?

    Talvez você já tenha ouvido falar que uma das partes mais importantes na ignição de um carro são justamente as velas e os cabos que as conectam à bobina. Afinal, sem a centelha correta, a combustão não é bem aproveitada, o que pode resultar em perda de desempenho, maior consumo de combustível e emissões mais altas de poluentes. O sistema de ignição precisa funcionar de modo eficiente, pois é ali que o combustível e o ar recebem a faísca para gerar a explosão que move os pistões do motor.

    Os cabos de vela são responsáveis por conduzir a corrente elétrica até as velas. Se estiverem danificados, ressecados ou com rompimentos na isolação, podem gerar fuga de corrente e perda de eficiência. Já as velas são componentes que produzem a faísca na câmara de combustão. Quando antigas ou gastas, podem falhar na hora de proporcionar a centelha ideal, prejudicando a queima do combustível.


    Minha motivação para fazer a troca

    No meu caso, o carro já rodava com as velas tradicionais (de níquel) e cabos originais há um bom tempo. Então comecei a perceber pequenos sinais de que algo poderia estar melhor:

    1. Aceleração hesitante: Em giros mais baixos, sentia que o motor não respondia com a mesma agilidade de antes.
    2. Possível aumento no consumo: Apesar de não ter feito uma medição precisa, a média de quilômetros por litro parecia ter piorado.
    3. Quedas na marcha lenta: O giro ficava ligeiramente instável, dando aquela impressão de falha ocasional.

    Esses sinais me levaram a pesquisar formas de melhorar o sistema de ignição. Foi aí que encontrei diversos relatos de pessoas elogiando o uso de velas de irídio e cabos de marcas específicas, como a MELPIS. A promessa era de melhor condução elétrica, ignição mais estável e até aumento de durabilidade.


    O que são velas de irídio e por que escolhi essa opção?

    As velas de irídio se diferenciam das velas convencionais (geralmente de níquel ou platina) principalmente pela composição do eletrodo central, que utiliza irídio, um metal extremamente resistente e com alta capacidade de suportar temperatura. Essa característica permite que o eletrodo seja mais fino sem se desgastar tão facilmente, o que contribui para:

    • Faísca mais concentrada: O eletrodo fino facilita a propagação da centelha, o que melhora a combustão.
    • Maior durabilidade: Por ser um metal mais resistente, o irídio tende a desgastar menos ao longo do tempo.
    • Melhor desempenho: Uma queima mais completa pode resultar em respostas mais rápidas do motor.

    Claro que, em geral, as velas de irídio custam mais caro do que as velas tradicionais. Porém, a ideia de ter algo que durasse mais e trouxesse benefícios notáveis me pareceu um bom investimento, especialmente se eu planejava ficar com o carro por bastante tempo.


    Por que cabos MELPIS?

    Eu sempre acreditei que, ao fazer upgrades, vale a pena pesquisar bem a procedência das peças. A marca MELPIS apareceu em vários fóruns e grupos especializados como uma opção de cabos de alta performance para o sistema de ignição. O que as pessoas relatavam era que esses cabos possuíam um bom isolamento, resistiam bem ao calor gerado pelo motor e conduziam a corrente de forma eficiente até as velas, reduzindo a perda de energia.

    Quando os cabos estão velhos, é comum que a corrente de alta tensão perca parte de seu potencial antes de chegar às velas, prejudicando a força da faísca. Essa queda pode ser quase imperceptível no dia a dia, mas vai se acumulando a longo prazo, afetando a estabilidade de marcha lenta, aumentando o consumo de combustível e, claro, reduzindo a potência total disponível. Por isso, a simples troca por cabos novos (e de melhor qualidade) já é capaz de dar um “gás” no motor.


    O processo de instalação

    Para fazer a troca das velas e dos cabos, o ideal é ter em mãos algumas ferramentas básicas, como soquete apropriado para velas (geralmente 16 mm ou 21 mm, dependendo do modelo), um torquímetro para apertar as velas na especificação correta e um pouco de paciência para não trocar a posição dos cabos sem querer.

    1. Desmontagem das velas antigas: Primeiro, removi os cabos velhos e as velas de níquel que estavam lá. Foi interessante notar que algumas velas já apresentavam desgaste no eletrodo central, o que poderia explicar a instabilidade na marcha lenta.
    2. Comparando as velas: Coloquei lado a lado as velas usadas e as novas de irídio. A diferença no eletrodo era clara: o de irídio é muito mais fino. Além disso, a vela nova estava obviamente limpa, sem qualquer resquício de carbonização.
    3. Instalação das velas novas: Para instalar, segui a recomendação de torque indicada no manual do carro, pois apertar demais pode danificar a rosca do cabeçote, e deixar frouxo demais pode vazar compressão ou causar superaquecimento local.
    4. Conexão dos cabos MELPIS: Assim que os cabos chegaram, reparei que a qualidade do material era superior aos originais do meu carro, que estavam ressecados. Fiquei atento ao encaixe de cada cabo em seu respectivo cilindro, respeitando a sequência de ignição.
    5. Verificação final: Antes de ligar o motor, chequei se todos os cabos estavam bem encaixados. Ao dar a partida, o carro funcionou de primeira e parecia um pouco mais “redondo” no funcionamento.

    Primeiras impressões de desempenho

    Uma das minhas maiores curiosidades era saber se, de fato, eu sentiria alguma diferença ao dirigir. Confesso que não esperava um “milagre”, mas qualquer melhoria seria bem-vinda.

    • Aceleração: Notei que o carro ficou ligeiramente mais responsivo quando eu pisava no pedal. Não foi nada radical, mas a sensação de hesitação reduziu.
    • Marcha lenta: Ficou mais estável, com menos vibração. Antes, havia uma pequena oscilação no conta-giros, que agora se manteve mais firme.
    • Ruídos: O som do motor se manteve praticamente o mesmo, mas senti que o funcionamento estava mais suave, principalmente em baixas rotações.

    É importante ressaltar que cada veículo pode reagir de forma diferente. Se o seu carro já estiver com todo o sistema de ignição em bom estado, a diferença pode ser menor. Mas se, como no meu caso, as peças antigas estiverem desgastadas, a troca pode trazer uma melhora perceptível.


    E a economia de combustível?

    Esse ponto costuma ser o mais polêmico. É comum as pessoas esperarem que, ao instalar velas de irídio e cabos de alta performance, o consumo caia drasticamente. No entanto, é preciso ter em mente que a economia de combustível depende de muitos fatores, como:

    • Modo de dirigir: Se você pisa forte no acelerador, é natural que o consumo seja maior.
    • Estado geral do motor: Se há outros componentes desgastados, a simples troca de velas e cabos não fará milagres.
    • Rotas e trânsito: Andar em regiões muito congestionadas, com paradas frequentes, também tende a elevar o consumo.
    • Clima e combustível: Combustível de má qualidade ou temperaturas extremas podem afetar a eficiência.

    No meu caso, fiz um teste simples de consumo. Percebi uma ligeira redução no consumo urbano, mas foi algo sutil — cerca de 0,5 km/l a mais em relação ao que eu vinha fazendo anteriormente. Já na estrada, a melhora foi mais fácil de notar, pois o carro parecia manter velocidade de cruzeiro com menos esforço. Ainda assim, não espere que esse tipo de troca vá te render, por exemplo, 3 ou 4 km/l adicionais. É mais realista dizer que ela ajuda a otimizar o que o motor já pode oferecer.


    O fator custo-benefício

    Na hora de tomar a decisão de trocar as velas e os cabos, o custo-benefício é o que pesa muito. As velas de irídio, por exemplo, normalmente são mais caras do que as velas comuns. Por outro lado, elas também costumam durar bem mais — há casos em que chegam a rodar até o dobro de quilometragem antes de precisarem de substituição. Isso se traduz em menos visitas à oficina e menos riscos de falhas no sistema de ignição ao longo do tempo.

    Os cabos MELPIS, por sua vez, não são os mais baratos do mercado, mas apresentam qualidade e durabilidade que justificam o investimento. A economia potencial vem do fato de o motor operar de forma mais eficiente, exigindo menos manutenção corretiva. Além disso, cabos de baixa qualidade podem comprometer todo o ganho oferecido pelas velas de irídio.


    Dicas de manutenção e cuidados

    1. Verifique periodicamente: De tempos em tempos, é bom inspecionar os cabos, olhando se não há rachaduras ou desgaste na parte externa.
    2. Troca programada das velas: Mesmo que sejam de irídio, as velas não são eternas. Siga o plano de manutenção sugerido pelo fabricante (ou mecânico de confiança).
    3. Combustível de boa qualidade: Usar combustível adulterado pode gerar resíduos e atrapalhar a combustão, anulando os ganhos do sistema de ignição.
    4. Não esqueça do filtro de ar e do óleo: Uma boa ignição também depende de ar limpo e lubrificação adequada para o motor.
    5. Fique atento a falhas: Se notar que o motor começa a engasgar ou o consumo aumenta repentinamente, pode ser um sinal de problema em velas, bobinas ou cabos.

    Veja este vídeo onde mostro os cabos e a instalação dos mesmos no veículo:

    Conclusão e reflexões finais

    Depois de instalar cabos MELPIS e velas de irídio no meu carro, posso afirmar que a experiência foi positiva. Não foi uma transformação drástica, mas consegui sentir melhorias na aceleração e, principalmente, na estabilidade da marcha lenta. O consumo de combustível teve uma pequena redução, o que foi um bônus bem-vindo. Além disso, a tranquilidade de saber que estou usando componentes de alta qualidade e maior durabilidade me deixa mais confiante ao rodar, seja na cidade ou em viagens mais longas.

    Por outro lado, gosto sempre de ressaltar que cada carro tem suas particularidades e que, se o restante do motor não estiver em dia, você pode não sentir tanta diferença. A troca de velas e cabos é apenas um dos vários itens de manutenção que compõem a saúde do veículo. Se você busca melhorar o desempenho e a economia do seu carro, faça um check-up completo, verifique também filtros, fluidos, bicos injetores e outras peças importantes. Assim, você potencializa os benefícios desse upgrade de ignição.

    No fim das contas, vale a pena? Na minha opinião, sim. Especialmente se você deseja manter o carro por bastante tempo e quer um sistema de ignição eficiente e confiável. Os cabos MELPIS me impressionaram pela qualidade do isolamento e as velas de irídio são bastante elogiadas por especialistas e entusiastas. A soma desses dois itens tende a proporcionar um conjunto mais robusto, com menor risco de problemas e um leve ganho de performance, tanto na dirigibilidade quanto na possível economia de combustível.

    Espero que este artigo ajude você a tomar uma decisão mais consciente. Se ainda tiver dúvidas ou quiser compartilhar suas próprias experiências, fique à vontade para comentar. Trocar ideias e informações é sempre enriquecedor para quem gosta de cuidar bem do carro e aproveitar a melhor experiência ao dirigir. Boas estradas!

    Veja também: Como trocar os LEDs do painel do carro (substituindo lâmpadas halógenas por LEDs)